Redação

O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) em Mato Grosso do Sul repudia veementemente a demissão promovida pela EBCT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) de um de seus funcionários e militante dessa organização em Campo Grande (MS), Ederlon Ferra Correia, na data de 6 de dezembro de 2016 que, além de ser um lutador pelos direitos da classe trabalhadora no Estado, está afastado pelo INSS em razão de doença ocupacional.

O ecetista Ederlon, membro da oposição CSP-Conlutas em sua categoria nos Correios, além de militante do PSTU, ativista dos movimentos sociais nesse estado, recebeu carta comunicando sua respectiva demissão por justa causa.

Com mais de 16 anos trabalhando nos Correios como carteiro e, apesar de nunca ter cometido quaisquer atos que ensejassem anotações e/ou punições durante todo esse tempo, desde o ano de 2015 recebera processos administrativos em razão de suas lutas pela categoria, em defesa de melhores condições de trabalho, direitos das trabalhadoras e trabalhadores dos Correios, denunciando a brutal sobrecarga de trabalho, doenças ocupacionais, além do combate intransigente à gestão da ECT no que diz respeito aos assédios e ataques promovidos contra a categoria.

Tanto a trajetória de lutas desse militante quanto sua situação de saúde pela doença que adquirira em razão de sua atividade laboral durante esses 16 anos foram desrespeitadas pela ECT.

Essa demissão é parte da escalada de perseguições, assédio moral, transferências arbitrárias, advertências verbais e escritas, suspensões, demissões por “justa causa” que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos tem vitimado milhares de outros trabalhadores em todas as diretorias regionais. Claros instrumentos de perseguições políticas por parte dessa empresa.

Essa ofensiva por parte da ECT está diretamente relacionada às mudanças que vêm ocorrendo no mundo do trabalho e a reforma trabalhista que o governo Temer estará impondo, além dos ataques à classe trabalhadora perpetrados pela PEC 55 combinada com a proposição da reforma previdenciária que eliminarão direitos dos trabalhadores do serviço público e da iniciativa privada, além de aprofundar o desmonte dos serviços públicos. Todos esses ataques foram iniciados também por meio de propostas advindas do então governo Dilma. A intenção é jogar nas costas das trabalhadoras e dos trabalhadores a crise que aí está.

Não serão essas perseguições no país inteiro aos que lutam e se rebelam, e especialmente em relação ao nosso camarada Ederlon, que nos intimidarão e muito menos nos calarão frente à escalada de medidas de exploração na classe trabalhadora.

O PSTU-MS se solidariza com o nosso camarada e não poupará esforços, em todos os campos possíveis para lutar contra essa demissão injusta caracterizada por perseguição política e ideológica.

Todo apoio e solidariedade ao camarada Ederlon! Por sua reintegração imediata!

Não à criminalização dos movimentos sociais e dos seus ativistas!

Fora Temer! Fora Todos Eles! Greve Geral Já!

PSTU-MS