O maior hospital estadual da zona norte do Rio de Janeiro, o Getúlio Vargas, fechado com tapumes

Os governos e patrões querem que os trabalhadores paguem pela crise com seus empregos, suas escolas e, agora, até com sua vida

Enquanto as empreiteiras fazem a farra com o dinheiro público na preparação das Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro, hospitais inteiros são fechados e Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s) do Estado só atendem pacientes à beira da morte. Literalmente. 17 de 29 unidades de emergência pararam de atender casos de cortes, diarreia, dengue ou outro mal-estar que não seja considerado grave como um enfarte ou um ferimento de bala. 12 hospitais reduziram os leitos em 50% ou restringiram o atendimento de emergência a casos gravíssimos. Para o governo do Rio de janeiro, com o PMDB de Pezão a frente, a saúde dos trabalhadores pode esperar. Os lucros das empreiteiras com as Olimpíadas, não.
 
Nesta mesma lógica de jogar a conta da crise econômica para os trabalhadores, garantindo assim o lucro das grandes empresas, é que 505.000 funcionários públicos do Rio de Janeiro estão com salários atrasados. Este foi o presente de final de ano do governo de Pezão para milhares de famílias. O pagamento do último salário de 2015 foi parcelado em cinco vezes. A última só chegará em abril do próximo ano. Policiais, médicos, bombeiros ou professores também não receberam o 13º salário como todos os anos.
 
Este caos na saúde e o trato com os servidores do Estado são responsabilidade do Governo do Rio de Janeiro e da sua política de priorizar bancos e empreiteiras. Assim como o Governo Dilma e os governos estaduais do PSDB, a exemplo do recente projeto de reorganização das escolas em SP que visava “economizar” recursos com o desmantelamento da Educação, a política de ajuste fiscal destes governos aplicada em todo o país visa jogar nas costas dos trabalhadores a conta da crise econômica que eles mesmos criaram, salvando e protegendo os lucros dos banqueiros e empresários que financiam suas campanhas. Eles querem que os trabalhadores paguem com seus empregos, suas escolas e, agora, até com sua vida.
 
 
 

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