Imagem de bebê sírio que chocou o mundo

O drama dos refugiados é resultado da barbárie capitalista

O drama dos refugiados vindos da Síria e outros países do Oriente Médio, da Ásia e da África à Europa comove o mundo inteiro. Não por menos, as imagens dos imigrantes mortos no mar do Mediterrâneo, do caminhão encontrado na Áustria com os corpos de 71 pessoas, entre eles de várias crianças, ou de famílias sendo barradas na fronteira da Hungria chocam, e muito. Nesse dia 1º, a imagem do pequeno corpo de um garoto sírio que se afogou enquanto tentava atravessar uma das ilhas da Grécia até a costa turca mostra a barbárie que chegamos. De acordo com a ONU, cerca de 2.500 pessoas perderam a vida tentando atravessar o mar para chegar à Itália ou à Grécia. 
 
É um verdadeiro drama humanitário que expõe as dificuldades da população do Norte da África e dos países do Oriente Médio que arriscam suas vidas para fugir da guerra e da miséria. Realidade que o imperialismo europeu e norte-americano, aliados às elites políticas e militares locais, os impuseram.Diante disso, o que fazem os países europeus? A única resposta é repressão e xenofobia. No ano passado, o governo italiano acabou com o programa Mare Nostrum, de procura e resgate de imigrantes no mar. 
 
Países como Espanha, Itália, Hungria, Polônia, Macedônia e Grécia, portas de entrada, exigem recursos da União Europeia não para receber e abrigar os imigrantes, mas para reforçar o policiamento e repressão nas fronteiras. Países como a Inglaterra, por sua vez, endurecem as leis antiimigrantes, a ponto de ameaçar prender quem alugar um imóvel a um imigrante ilegal. 
 
Os trabalhadores europeus, por sua vez, tem feito emocionantes demonstrações de solidariedade. As imagens das torcidas alemãs dando “boas-vindas” aos imigrantes são tocantes. Neste dia 12 de setembro,  milhares de europeus foram às ruas em solidariedade aos refugiados e em defesa de uma política de acolhimento aos imigrantes. Foi um NÃO bem grande à política xenofóbica e assassina do imperialismo europeu de fechar ainda mais as fronteiras, de endurecimento das leis de migração e de cortes nos programas de resgate aos migrandes no mar. As manifestações ocorreram em várias capitais como Berlim, Madrid, Estocolmo, Helsinque, Atenas, Lisboa e em outras cidades de pelo menos 9 países europeus. 
 
Bem diferente dos seus governos, o povo europeu mostra o caminho: toda solidariedade aos refudiados! Vocês são bem vindos! 
 
A foto que vai junto a este texto é chocante, mas o mundo precisa saber (e ver) o que o capitalismo faz com as pessoas.
 
 
 

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