Reflexo da bandeira LGBT é visto em rua de Calcutá
Pedro Henrique Ferreira, da Juventude do PSTU e da Secretaria Nacional LGBT

Parecia piada de 1° de abril, mas não era! Neste dia, a página da CUT no Facebook publicou um vídeo no qual Lula tenta apagar o histórico real de 10 anos do seu governo e do governo Dilma em que governaram com os setores mais reacionários e LGBTfóbicos.

Foram eles e seu partido que negociaram o kit “escola sem homofobia” e trocaram a nossa cabeça para salvar Palocci de um processo interno da Câmara dos Deputados, e ainda usaram o argumento absurdo de que não se pode ” ensinar” as estudantes e os estudante a serem gays e lésbicas. Sendo Dilma inclusive elogiada por Bolsonaro nesse momento.

O kit ainda era insuficiente para dar uma resposta a todas as lutas e necessidades que a juventude LGBT precisa, mas era um avanço significativo que o governo Dilma não bancou. Isso numa realidade em que 99% das pessoas trans não se formam na educação básica e o cotidiano é de constante violência contra as LGBTS estudantes.

Lula ainda enche a boca para dizer que criou o Brasil Sem Homofobia, mas quem já dependeu do programa sabe ao que ele se resume: um canal de desabafo que não traz nenhum resultado para realidade das LGBT’s trabalhadoras e da juventude. Um passo importante que seria a criminalização da LGBTfobia também o próprio PT ajudou a atrelar à reforma do Código Penal, ou seja, engavetou o projeto por um longo prazo.

Foi durante os dois governos do PT que mais se matou LGBT’s até então. Foram 1306 mortes no governo Lula e 1561 no governo Dilma. Em 2016 tivemos um novo recorde de 343 mortes, e já em 2017, no governo Temer, 105 mortes, um novo recorde para o período.

É urgente o combate à violência LGBTfobica sem nenhuma confiança no governo atual de Temer nem dos governos anteriores que nada fizeram pelas LGBT’s. E para além do combate à violência cotidiana é preciso estarmos juntos à luta contra a reforma da Previdência e contra a retirada de direitos trabalhistas. As LGBT’s trabalhadoras não podem aceitar uma realidade que já é nossa de subemprego, com baixos salários e de muitas vezes sermos mortas pela violência e não nos aposentarmos nunca!

Dessa forma, é mais do que urgente levarmos nossas pautas e nossas lutas para a construção da greve geral no dia 28! Sem nenhuma confiança nem em Lula e no PT que já governaram e nada fizeram pelas LGBT’s e sem nenhuma confiança em Michel Temer, contra as retiradas de direitos que seu governo e o Congresso tentam empurrar goela abaixo!

Fora Temer! Fora todos eles!

Lula não fala em nosso nome!

Contra a Reforma da Previdência e à violência LGBTfobica

Criminalização da LGBTfobia já!

Pela aprovação imediata da lei de identidade de gênero!

Vamos Colorir a Greve Geral no dia 28 de abril!