Redação

 

Como mais um capítulo da crise econômica e política no Brasil, a fábrica de motores a diesel MWM Motores da América do Sul, que pertence ao grupo americano Navistar, demitiu nas últimas semanas cerca de 500 trabalhadores. A maior parte foi induzida diretamente a aderir ao PDV (Programa de Demissões Voluntárias) aberto no final do ano e com míseros 2,5 salários de “benefícios”.

Tudo isso com a conivência do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, dirigido pela Força Sindical. Conforme relatos dos trabalhadores, o novo diretor da região tem uma postura amigável com a direção da empresa que, em contrapartida, “sempre paga ônibus para as passeatas do sindicato”.

Patrões e o governo contra os trabalhadores
Mais uma vez, a conta da crise cai nas costas dos trabalhadores. Essa crise econômica pela qual passa o Brasil hoje é parte da crise iniciada em 2008 nos Estados Unidos e que se alastrou pelo mundo. Na época, o então presidente Lula driblou a crise injetando bilhões na economia e beneficiando bancos, montadoras e a grande indústria no país como forma de ganhar tempo para que crise internacional passasse, o que não aconteceu. Essa manobra teve que ser abandonada por Dilma, pois o caixa do governo acabou.

A crise econômica piorou com a crise política diante da revolta dos trabalhadores com a piora das condições de vida, da disputa pelo poder entre PT, PSDB e PMDB, os maiores partidos do país, e dos escândalos de corrupção envolvendo principalmente esses três partidos.

Agora, para restaurar a margem de lucro das empresas, o governo Dilma e o Congresso elaboram um plano de recuperação da economia e dos cofres públicos atacando os direitos dos trabalhadores (aposentadoria, benefícios do INSS, seguro-desemprego), aumentando impostos (CPMF) e liberando recursos do fundo de garantia (FGTS) para financiamento empresarial. Todas as medidas do governo beneficiam os empresários e nenhuma evita que multinacionais como a MWM demitam.

Não às demissões! Por um programa dos trabalhadores para a crise
O PSTU é contra as medidas de ajuste do governo e as demissões promovidas pelas multinacionais como a MWM, pois os trabalhadores não tem culpa pela crise. Pelo contrário, os trabalhadores garantiram lucros recordes nos anos anteriores, o mínimo que se pode fazer é garantir o emprego nesse momento sem nenhum ataque às suas condições de vida.

Também somos contra a redução salarial, a terceirização, o valor absurdo e abusivo da conta de luz e das bandeiras tarifárias e o aumento da passagem, pois pioram a vida dos trabalhadores, especialmente jovens, negros, mulheres e LGBT’s.

Defendemos o fim da demissão imotivada, a estatização de todas empresas que demitirem, estatização de todas empresas envolvidas em corrupção, reestatização das empresas privatizadas, estatização dos bancos e do grande latifúndio.

Tudo isso sob o controle dos trabalhadores. Os trabalhadores têm que lutar para derrotar os planos do governo, do Congresso e dos empresários. Fora Dilma (PT), Aécio (PSDB), Cunha e Temer (PMDB) e esse Congresso e Senado corruptos! Eleições Gerais já! Por um governo socialista dos trabalhadores!