A violência machista e suas consequências são piores para as trabalhadoras e pobres que dependem das políticas do Estado. É preciso unir mulheres e homens trabalhadores para exigir punição e medidas para combater a violência contra as mulheres

A violência machista tem gerado mobilizações na Argentina, Uruguai e Brasil. Os protestos nas ruas e as campanhas nas redes sociais são reações à cruel estatística de uma a cada 5 mulheres de até 18 anos já ter sido vítima de estupro no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde. 1/3 das mulheres dos 133 países analisados pela OMS, viveu violência física e/ou sexual por parte dos parceiros em algum momento de suas vidas.

Em 2012, o estupro coletivo de uma jovem indiana e seu falecimento em decorrência dos ferimentos foi a gota d´água de uma situação insuportável: sete entre os dez crimes que mais crescem na Índia têm as mulheres como vítimas; e o estupro encabeça a lista. Foram milhões, mulheres e homens, em sucessivas manifestações que tomaram todo o país e questionaram as respostas insuficientes do governo e da polícia.

Em 2015, mobilizações no Chile, Argentina e Uruguai levaram às ruas a campanha “Ni una a menos” contra o feminicídio, assassianto de mulheres pelo simples fato de serem mulheres. A campanha segue nas ruas. Na semana passada, a luta contra a violência à mulher tomou novamente às ruas de diversas cidades da Argentina e Uruguai.

No Brasil, as mulheres tem protagonizado diversas lutas. Desde as ocupações de escolas e a luta nas periferias contra a violência policial à luta pelo Fora Cunha no ano passado. O recente caso de estupro coletivo de uma jovem carioca gerou, na semana passada, mais uma onda de mobilizações de homens e mulheres contra a cultura do estupro e o machismo. Foram milhares nas ruas de diversas capitais do país. Também uma importante reação à cruel estatística de uma mulher estuprada a cada 12 minutos no nosso país e 15 mulheres assassinadas por dia pela violência machista, na sua esmagadora maioria mulheres negras e pobres.

Em todas estas lutas, da Índia ao Brasil, passando pela Argentina, Chile e Uruguai, as mulheres dizem um basta ao machismo!

A violência machista e suas consequências são piores para as trabalhadoras e pobres que dependem das políticas do Estado. É hora de fortalecermos estas manifestações, aumentar os protestos, unindo homens e mulheres trabalhadores, para exigir punição e medidas para combater a violência contra a mulher.

 

Acompanhe Zé Maria no Facebook

 

Post author