Metalúrgicos cruzam os braços em São José dos Campos (SP)
Redação

Esse dia 14 de setembro está sendo marcado por paralisações, assembleias e protestos de metalúrgicos em todo o país. Convocado como uma Dia Nacional de Luta, Protestos e Greves por sindicatos, federações e confederações de metalúrgicos ligados à CSP-Conlutas, Força Sindical, CUT, CTB, Intersindical e UGT, a jornada vem mostrando a força e disposição de luta da classe operária.

A iniciativa, batizada de “Brasil Metalúrgico”, busca unificar as campanhas salariais dos metalúrgicos à luta contra a aplicação da reforma trabalhista, as terceirizações e a ameaça da reforma da Previdência.

O dia 14 teve a adesão ainda dos servidores federais e da categoria petroleira (pela Frente Nacional dos Petroleiros – FNP).

Mas esse é só o começo. Além de unificar as campanhas salariais e, nacionalmente, resistir aos ataques do governo e dos patrões, os metalúrgicos convocaram para o próximo dia 29 de setembro uma plenária nacional de todos os trabalhadores da indústria, e se discute abrir para para todos os setores que quiserem se somar à luta.

São Paulo
Na capital paulista, fábricas de várias regiões cruzaram os braços. No final da manhã, um ato unificado de diversas centrais foi realizado em frente à Secretaria Regional do Trabalho, no centro da cidade.

Em Guarulhos, metalúrgicos também se mobilizaram, paralisando e protestando.

No interior, em Ribeirão Preto, o movimento popular e rual ocupou uma fazenda com mais de 600 famílias.


São José dos Campos
Na região de São José dos Campos e Jacareí, interior de São Paulo, operários de nove fábricas se mobilizaram. Houve assembleias, manifestações e atrasos de até três horas na produção. Metalúrgicos da TI Automotive, JC Hitachi, Gerdau, Panasonic, Prolind, Eleb e Parker Filtros, em São José dos Campos, e Chery e Parker Hannifin, em Jacareí, aderiram à luta contra a reforma trabalhista e as terceirizações.

Neste Dia Nacional de Luta, os metalúrgicos estão reforçando toda indignação e repúdio contra os ataques promovidos pelo governo Temer e Congresso Nacional, que só atendem aos interesses dos empresários. A unidade da categoria metalúrgica neste momento é fundamental para barrar os efeitos da reforma trabalhista e da lei da terceirização“, afirma o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá.

Minas Gerais
Metalúrgicos de várias fábricas travaram a rodovia Fernão Dias na Grande Belo Horizonte.

Em Itajubá, operários da Imbel, indústria de material bélico, atrasaram a entrada e realizaram assembleia.

Imbel
Paralisação na Imbel

Houve ainda assembleia e atraso na entrada da AMG Metalurgia em São João Del Rei. Na Belgo mineira rolou uma panfletagem.

Em Juiz de Fora também houve assembleia e manifestação de metalúrgicos.

Rio de Janeiro
Petroleiros cruzaram os braços e protestaram no prédio do Edise, junto com metalúrgicos e o movimento SOS Empregos. Os trabalhadores da Petrobrás protestam também contra a privatização da empresa.

Protesto em frente ao Edise
Ilha do Governador

Também teve manifestação no Terminal Aquaviário Baía de Guanabara (TABG), na Ilha do Governador.

Em Angra dos Reis, também teve um protesto no Terminal da Baía de Ilha Grande (TEBIG).

No final da tarde ocorre um ato unificado no centro da capital, a partir das 17h com concentração na Candelária.

Paraná
Operários da Volvo, Renault, Bosch e CNH, pararam a marginal da rodovia como parte do protesto. Ao todo, oito fábricas foram paralisadas.

Participaram do movimento cerca de 20 mil trabalhadores da Grande Curitiba (Volvo, CNH, Bosch e WHB Usinagem e WHB Fundição, na CIC; Renault e empresas do PIC da Audi, em São José dos Pinhais; e Brafer, em Araucária).

Sergipe
Petroleiros realizaram um protesto em frente à sede da Petrobrás, em mobilização que contou com a participação do movimento SOS Emprego.

Goiás
Em Catalão, os trabalhadores da empresa John Deere, Mitsubishi e outros do Distrito Industrial realizaram assembleia e protesto.

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