Manifestação contra o aumento da tarifa de ônibus em Belém

Faltando menos de um mês para o início da Copa do Mundo, categorias em todo o país já entram em campo e protagonizam uma disputa por melhores condições de vida, trabalho e salário. A onda de greves e paralisações chegou com força ao Pará, e os trabalhadores e a juventude do estado seguem na ofensiva, marcando a saída de bola e não deixando patrões, nem governos jogarem. “Esses são apenas os minutos iniciais de uma partida que promete ser emocionante. E os trabalhadores querem ganhar de goleada”, afirma o vereador do PSTU, Cleber Rabelo.

Logo na segunda-feira, 19, os professores da rede municipal de Ananindeua ocuparam a sede da Câmara de Vereadores. Em greve desde o dia 5 deste mês, os trabalhadores tentam retomar as negociações com o prefeito Manoel Pioneiro (PSDB). A categoria reivindica pagamento da Gratificação de Nível Superior (GNS), eleições diretas para os cargos de direção nas escolas, além de concurso público e reforma nas unidades.

Além de Ananindeua, Barcarena e Abaetetuba também se encontram com atividades paralisadas. E a partir da próxima segunda-feira, 26, os professores de Belém iniciaram greve. De acordo com os professores da capital, as tentativas de negociação com o prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB) se esgotaram, e a greve é o último recurso que resta para, entre outras coisas, exigir o pagamento do piso salarial nacional.

Na terça-feira, 20, os servidores públicos de Tucuruí deflagraram greve geral cobrando o reajuste salarial da categoria, além da realização de concurso público, que não ocorre há oito anos. O ato, protagonizado pela juventude pela redução da tarifa de ônibus, marcou a noite de terça-feira e levou mais 1.000 pessoas às ruas. Já na quarta-feira, 21, foi a vez dos policiais civis do estado protagonizarem luta. Eles organizaram um ato na Praça Batista Campos, referente à paralisação de 24 horas, que aconteceu em dez estados e no Distrito Federal.

Ainda no mesmo dia, os docentes da Universidade Federal do Pará paralisaram suas atividades, deixando as salas de aula vazias como forma de denúncia à intransigência do governo Dilma (PT), que se nega a negociar com a categoria. Vale lembrar que os servidores técnicos administrativos da UFPA seguem em greve que já dura 66 dias.

Todos em campo no dia 12 de junho
Se a característica marcante dos governos, seja do PSDB, seja do PT, é atacar os direitos dos trabalhadores, enquanto beneficiam empresários e banqueiros, a saída dos trabalhadores é apostar na mobilização. “A luta dos trabalhadores pode até ser imprevisível, mas assim como no futebol, já presenciamos várias roubadas de bola, dribles surpreendentes e chutes a gol que mudaram o jogo. E é isso o que vem acontecendo”, explica Rabelo.

O vereador acredita que, apesar de específicas, todas as mobilizações em curso no estado e no país têm em comum o sentimento de que é possível arrancar vitórias com lutas. “Mas, para isso, é preciso estarmos unidos”, afirma. No dia 12 de junho, data de abertura da Copa do Mundo, atos e manifestações estão sendo articulados para unificar e fortalecer as greves e paralisações que acontecem. “O nosso time é o dos trabalhadores em luta e, por isso, vamos mostrar a força do nosso ataque nas ruas”, disse.

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