Protesto do dia 15 de março na Av Paulista
Redação

Trabalhadores e a população preparam um grande dia de Greve Geral no dia 28 de abril, sexta-feira próxima. Metalúrgicos, professores da rede estadual, dos municípios e da rede privada, os trabalhadores dos transportes, aeroviários, categorias do funcionalismo de todos os setores, entre outros, já aprovaram ou estão aprovando a paralisação nesse dia.

Movimentos populares e da juventude também organizam manifestações contra as reformas trabalhista e da Previdência. Em todo o país, comitês contra as reformas nos bairros e categorias planejam as paralisações e protestos do dia 28.

Essa não é uma luta só dos trabalhadores com carteira assinada. A reforma trabalhista e a terceirização, assim como a reforma da Previdência, vão forçar que as pessoas trabalhem mais e por mais tempo, recebendo menos. A consequência é menos empregos, além do fim do direito à aposentadoria para amplos setores dos trabalhadores. Ou seja, essa é uma luta de todos.

A hora é agora! Se não fizermos nada vamos perder os poucos direitos que ainda temos, e vamos ficar sem aposentadoria para nós e nossos filhos.

Veja o que pode fazer para participar do dia 28

Procure o seu sindicato e exija uma assembleia para votar a paralisação

O dia 28 de abril foi definido de forma unitária por todas as centrais sindicais. Se o seu sindicato ainda não se pronunciou sobre a data, exija a realização de uma assembleia para votar a paralisação nesta sexta-feira e a participação na mobilização que está sendo organizada em todas as regiões.

O meu sindicato é pelego e se recusa a fazer alguma coisa

Você pode conversar com seus próprios colegas de trabalho, organizar uma assembleia entre vocês para decidir a paralisação. A greve é um direito dos trabalhadores e o patrão não pode impedir. Forme um comitê para mobilizar as pessoas e garantir a continuidade dessa luta. É importante envolver o máximo de gente possível, não só trabalhadores de sua categoria. Veja com o pessoal terceirizado, estagiários, moradores próximos, associações de moradores, etc.

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Verifique se existe um comitê organizado próximo a você para realizar reuniões e ações conjuntas.

Informe-se sobre as mobilizações que ocorrerão em sua cidade na sexta. Verifique se existe a CSP-Conlutas organizada em sua cidade e os contate para que lhe ajudem e orientem.

Não sou trabalhador (a) formalizado (a), o que posso fazer?

Primeiro, veja se há um comitê contra a reforma próximo a você. Se não, converse com amigos, familiares, moradores, visite as associações de bairros, igrejas, escolas, etc. Tente reunir o maior grupo possível de pessoas dispostas a lutar contra as reformas e forme um comitê. A partir disso, converse com as pessoas sobre possíveis ações: panfletagens, manifestações, trancamento de ruas ou avenidas.

Comitê contra as reformas do Jd União, Zona Sul de São Paulo

Se no seu bairro existe uma garagem de ônibus ou estação de trem ou metrô, discuta a possibilidade de vocês “trancarem” no dia 28. A ideia é garantir o máximo de visibilidade possível à luta contra as reformas da Previdência e trabalhista.

Lembre-se: a imprensa está sendo comprada pelo governo Temer para que seja a favor dessas reformas e vai tentar censurar ou abafar os protestos de todas as maneiras. Confeccione faixas, cartazes, etc. Tente garantir um carro de som para o dia. É possível conversar ou negociar com quem possui carro ou perua com sistema de som no bairro: vendedores de ovos, pamonhas, sorvete, etc. que possam emprestar ou alugar o equipamento.

É importante que tudo seja discutido e definido de forma democrática no comitê.

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Passado o dia 28, faça uma reunião de avaliação sobre o que fizeram, e discutam os próximos passos. Sexta-feira será um dia crucial na luta contra as reformas, mas ela não se encerra ali. É fundamental manter e ampliar a luta.