São mais de 10 mil postos de trabalho fechados por dia

Os dados divulgados em outubro pelo Ministério do Trabalho confirmam aquilo que já vemos todos os dias. Demissões e mais demissões como há muito não se via. Só em setembro, foram extintos 95,6 mil postos de trabalho, pelos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). São mais de 10 mil empregos por dia que desapareceram. É o pior resultado desde 1992. Nos últimos 12 meses já foi cortado 1,2 milhão de postos de trabalho. A expectativa é a de que até 2016 mais de 2 milhões de empregos desapareçam.
 
Mais uma vez, os trabalhadores estão pagando o custo dessa crise. Os empresários, que durante anos se beneficiaram pelas políticas de subsídios e isenções, agora não hesitam em demitir para manter seus lucros. O desemprego é a pior consequência dessa política econômica que joga todo o peso da crise nas costas dos trabalhadores. Junto a ele temos ainda a inflação, a redução dos salários e os cortes nos direitos. Essa é a face mais cruel dessa política econômica levada a cabo pelo governo do PT, e que inclusive é a mesma defendida pelo PMDB ou o PMDB.
 
É preciso dar um basta nisso! O PPE (Programa de Proteção ao Emprego) proposto pela CUT e imposto pelo governo Dilma reduz os salários sob a justificativa da proteção dos empregos. Mas o governo vai editar uma Medida Provisória reduzindo os alugueis, as contas de luz e todos os nossos gastos? Não, não vai. E, além disso, isso não é garantia nenhuma de emprego. É preciso exigir a estabilidade no emprego e a redução da jornada de trabalho sem a redução dos salários. É possível? Sim, é possível, utilizando parte dos lucros que os banqueiros e empresários acumularam esses anos todos.
 
 
 
 

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