Após mais de uma década de inércia, a cidade de Criciúma volta a ser palco de fortes manifestações. Desta vez não mais com os mineiros à frente, mais com a juventude secundarista que realiza atos diários contra o aumento das tarifas de ônibus e pelo passe-livre, dando uma verdadeira aula de conscientização política e conquistando o apoio da população.

O aumento de 12% foi concedido pelo prefeito Anderlei Antonélli (PMDB) durante as férias de julho, e já chega a ser a mais cara do país por quilômetro rodado. Mas a manobra gerou mais revolta e indignação da juventude e da população que a cada dia aderem mais ao movimento.

Embalados por fortes canções e palavras de ordem, os estudantes vêm passando por cima das direções “pelegas” dos colégios que não passam de fantoches, eleitos arbitrariamente pelo governador do estado Luiz Henrique (PMDB), e pela mídia burguesa (RBS e jornais locais) que tentam implodir o movimento tentando destruir o apoio popular.


As ações do movimento são acompanhadas por um forte aparato policial. No entanto, a repressão e as prisões de estudantes têm tido o efeito inverso, fazendo o movimento ganhar mais força a cada dia.

A principal estratégia dos estudantes é fechar ruas e terminais da cidade e denunciar as traições do movimento, como a do DCE/UNESC que defendeu o aumento em uma entrevista, como se tivesse participado de algum ato.

É preciso unificar ainda mais o movimento com os diversos setores da juventude e da classe trabalhadora, derrotar o aumento das tarifas e encaminhar o projeto pelo passe livre. A juventude do PSTU, junto com o COMITÊ DE LUTAS RUPTURA (contra as reformas Universitária e Trabalhista) tem atuado com a população de Criciúma em defesa das bandeiras históricas da juventude e da classe trabalhadora.