Foto: Camila Chaves


Sindicatos filiados a diversas centrais sindicais, bem como entidades do movimento social e estudantil, realizaram, na manhã deste dia 6 de agosto, um ato unitário como parte do Dia Nacional de Mobilizações contra o Projeto de Lei 4330, que amplia as terceirizações. Com concentração em frente à Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), os manifestantes seguiram em passeata até o Palácio do Governador, onde se encontraram com o movimento popular.
 
De acordo com o coordenador estadual da Central Sindical e Popular CSP-Conlutas, José Batista, o projeto de lei apresentado pelo deputado Sandro Mabel (PR-GO) pretende flexibilizar ainda mais os direitos dos trabalhadores. “Nós sentimos na pele com as terceirizações, e um exemplo disso são os nossos salários tão rebaixados. Se aprovado [o projeto], a terceirização vai passar a ser permitida em todos os setores. Só a nossa luta contra pode barrar mais esse ataque aos trabalhadores”.
 
Para a universitária da Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre (ANEL), Natália Lídia, a luta contra o PL-4330 é também a luta dos milhões de jovens que foram às ruas em junho: “Muitos que ali estivemos somos também trabalhadores, a maioria terceirizados e submetidos a péssimas condições de trabalho. Agora, o nosso papel, o papel dessa juventude que foi às ruas, é permanecer nas ruas com os trabalhadores em seus principais enfrentamentos. Por isso, estamos juntos nessa mobilização e também na construção do dia 30 de agosto”.
 
A mobilização contra o PL-4330 em Fortaleza faz parte de um calendário de ações que culminarão no Dia Nacional de Paralisações em 30 de agosto, construído por todas as centrais sindicais. Além desta atividade, uma parte das centrais e movimentos que reivindicam mais fortemente a independência das entidades da classe em relação aos governos, organizam um seminário, que acontecerá no dia 10 de agosto. O seminário objetiva debater e programar ações que permitam construir, em Fortaleza, um forte dia de paralisações no dia 30 de agosto.