Redação

Na tarde dessa quinta-feira, 22, saiu a notícia de que as direções da Força Sindical e da UGT, atendendo apelos do governo, teriam desistido da Greve Geral do dia 30. Segundo nota publicada pela revista Época, a justificativa seria que o dia 30 se transformaria num movimento pelo “Fora Temer”. “É preciso distensionar. Para isso, o melhor é conversar. Vamos negociar primeiro“, teria declarado à revista o presidente da Força, Paulinho (SD-SP). Isso acontece menos de dois dias depois do governo Temer sofrer sua primeira derrota no Congresso, com a rejeição da reforma trabalhista numa das comissões do Senado.

Em nota, a UGT desmente a notícia veiculada pela Época. “A União Geral dos Trabalhadores (UGT) em momento algum desistiu da greve geral do dia 30 de junho”, afirma.

É inadmissível que, justo num momento em que o governo demonstra fragilidade com o aprofundamento da crise, e que cresce a disposição por baixo de parar e lutar contra as reformas, mostrando que é possível derrotá-las, essas direções tomem o sentido contrário e se disponham a enterrar a greve para negociar com esse governo corrupto repudiado pela população.

É preciso manter e reforçar, por baixo, o chamado à Greve Geral no dia 30. Nenhuma direção de nenhuma central ou entidade tem legitimidade para negociar qualquer direito com o governo. “É inadmissível achar que esta proposta pode ser melhorada através de negociações de medida provisória e vetos“, explica Luiz Carlos Prates, o Mancha, da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas.

Na tarde desse dia 21, as direções da Força Sindical, CSB, Nova Central e UGT se reuniram com o ministro do Trabalho, Ricardo Nogueira, para negociar as reformas. Segundo o site da Força, uma reunião com Temer estaria sendo articulada já para a próxima semana. Os sindicatos de base, da Força Sindical e demais centrais, precisam rechaçar essas negociações e reforçar o chamado à Greve Geral do dia 30. Em todo o país, sindicatos, entidades de base, movimentos, comitês de base contra as reformas, estão votando e ratificando a participação no dia 30. Esse é o caminho.

Amanhã, sexta-feira, as centrais sindicais se reúnem, a CSP-Conlutas defende a rejeição total destas reformas e a manutenção da realização da greve geral no dia 30 de junho para enterrar estas reformas“, afirma Mancha.

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