Somos nós, trabalhadores, que produzimos tudo que é feito no país, mas são as grandes empresas que ficam com os lucros. Para resolver os graves problemas sociais, seria necessário atacar os lucros dos capitalistas.

1. Acabar com a pobreza, com o desemprego e os baixos salários

Propomos duas grandes medidas para começar a acabar com a pobreza no país. A primeira é elaborar um plano nacional de obras públicas para construir casas populares, escolas, hospitais e infraestrutura urbana, que poderia absorver os dez milhões de desempregados, pagando o salário mínimo indicado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que é de R$ 2.824. O custo desse plano seria de R$ 338 bilhões anuais, e seria muito mais eficiente do que qualquer Bolsa Família.
A segunda medida é a elevação do salário mínimo para o valor indicado pelo Dieese. Os salários, hoje, correspondem a menos de 10% do faturamento das grandes empresas. Para isso se tornar possível, basta reduzir o lucro dos capitalistas.
 

2. Anular a reforma da Previdência e enterrar o ACE

A reforma da Previdência foi aprovada no Congresso Nacional com a compra de votos com o mensalão e, por isso, tem de ser anulada. Os novos projetos que também visam atacar os direitos dos aposentados devem ser barrados.
O projeto dos Acordos Coletivos Especiais (ACE) tem de ser repudiado. Não pode ser aprovado pelo governo e pelo Congresso. O ACE é uma ameaça a direitos básicos, como férias e décimo terceiro salário.
 

3. Não pagar a dívida: investir em saúde e educação públicas de qualidade

Não pagando a dívida pública aos banqueiros, seria possível destinar 6% do PIB (R$ 248 bilhões) para a saúde. Poderia existir um serviço de medicina familiar que atendesse 100% da população, com hospitais públicos de qualidade, sem filas e com distribuição de remédios gratuitos. Os salários e as condições de trabalho do funcionalismo seriam decentes. Para a educação, poderia se destinar 10% do PIB (R$ 414 bilhões). Haveria creches para todas as crianças do país e um ensino básico público gratuito e de qualidade.
Seria possível acabar com o déficit de moradias, construindo seis milhões de casas, a um custo estimado em R$ 80 bilhões.
 

4. Parar as privatizações petistas e reestatizar as empresas privatizadas pelo PSDB

As privatizações feitas pelos governos do PSDB foram assaltos ao patrimônio público. O PT não só manteve essas privatizações como as estendeu para rodovias, aeroportos e estádios de futebol.
O PSTU defende a reestatização dessas empresas, começando pela Vale, Embraer e CSN, e exigindo a Petrobras 100% estatal, para que deixem de ser controladas pelos fundos de investimento estrangeiros. Assim, os trabalhadores teriam energia elétrica e telefone muito mais baratos. A reversão da privatização da Petrobras possibilitaria uma redução no preço da gasolina, que poderia  custar R$ 1 o litro, refletindo na economia popular. Com o fim das privatizações das rodovias, teriam fim os escandalosos pedágios.

5. Fazer a reforma agrária e reduzir o preço dos alimentos

É preciso expropriar as terras do agronegócio para que sejam controladas pelos trabalhadores rurais. É necessária uma reforma agrária que tenha como meta assentar seis milhões de famílias sem terra.
Só assim seria possível baixar o preço dos alimentos.

6. Estatizar o sistema financeiro,colocá-lo sob controle dos trabalhadores e reduzir a taxa de juros

Os lucros dos bancos já eram gigantescos nos governos do PSDB e duplicaram com Lula e Dilma. Isso é possível porque o Brasil tem as taxas de juros mais altas do mundo. É preciso estatizar o sistema financeiro para garantir que os investimentos sejam destinados às necessidades dos trabalhadores. A redução real dos juros asseguraria empréstimos aos trabalhadores a juros baixos, de cerca de 1% a 2% ao ano.

7. Por uma segunda independência do país: romper com o imperialismo e estatizar as multinacionais

Não existe maneira de superar a dominação imperialista sem acabar com seu controle direto da economia. Para isso, as multinacionais instaladas no Brasil têm de ser estatizadas e controladas pelos trabalhadores. Não haveria mais remessa de lucros para o exterior, garantindo que esse dinheiro fosse investido no país a serviço das necessidades da população explorada.

8. Combater a falsa democracia dos ricos: prisão para corruptos e corruptores!

A democracia dos ricos é corrupta. Por isso, o PT se transformou num partido igual aos outros. Para os trabalhadores, não existe democracia real. Os que se mobilizam, sofrem com a repressão e a criminalização dos movimentos sociais. Exigimos o fim da criminalização e a liberdade de organização dos trabalhadores nas empresas.
Defendemos o fim do Senado e a revogabilidade dos mandatos parlamentares. Corruptos e corruptores devem ser presos e ter seus bens expropriados. Fora Renan e Feliciano!

9. Lutar contra a opressão

A opressão afeta a vida de mulheres, negros e homossexuais, que somam milhões de pessoas. Os governos Lula e Dilma, apesar do discurso, não mudaram essa realidade.
O PSTU defende salário igual para trabalho igual, para homens e mulheres, e creches gratuitas em tempo integral para os filhos dos trabalhadores!
Repudiamos o massacre da juventude negra praticado pela polícia nas periferias! Defendemos a criminalização da homofobia! Somos contra todas as formas de opressão!

10. Todo apoio às lutas dos trabalhadores no mundo

Jamais será livre um povo que oprime e explora outro povo. O governo precisa retirar já as tropas do Exército brasileiro do Haiti. O Haiti precisa de médicos e de comida, e não de ocupação militar.
Apoiamos as mobilizações dos trabalhadores europeus contra os planos de austeridade! Saudamos a resistência do povo sírio contra a ditadura assassina de Assad! Defendemos o fim do Tratado de Livre Comércio com Israel!

Por um governo socialista dos trabalhadores!
Os governos Lula e Dilma, apesar de apoiados pelo PT e pela CUT, aplicam planos econômicos que só servem aos capitalistas.
Precisamos de um Governo Socialista dos Trabalhadores!

 

Post author Toninho Ferreira, de São José dos Campos (SP)
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