Redação

A hora é agora! Saiba como criar os Comitês de Luta contra a Reforma e para preparar a greve geral!

PASSO 1: Entidades devem estar ao lado da luta

Exija do seu sindicato, associação de moradores ou entidade estudantil a realização de uma assembleia para discutir como organizar a greve geral do dia 28 de abril. Também exija que essas entidades preparem materiais divulgando a greve e alerte sobre os ataques do governo contra o direito dos trabalhadores.

PASSO 2: Marcar e divulgar a reunião

Fale com seus companheiros nos locais de trabalho, moradia ou estudo e organize uma reunião para a criação do comitê. Divulgue a reunião pelo WhatsApp, redes sociais ou no boca a boca. Nessa reunião, é muito importante discutir as reformas da Previdência e trabalhista, a situação do país e a necessidade de parar do dia 28 de abril. Você pode usar as matérias do Opinião Socialista para ajudar no debate. É importante que todos falem e expressem suas opiniões. Divulgue as novas reuniões do comitê.

PASSO 3: Divulgar as atividades

Para fortalecer e ampliar os comitês, é preciso mobilizar permanentemente os trabalhadores e a juventude. Por isso, é importante marcar atividades para esclarecer as consequências terríveis das reformas da Previdência e trabalhista, por que a greve geral é o único caminho para derrotá-las. Os comitês também podem marcar atividades de protestos e mobilizações, como a paralisação no trabalho, panfletagens em terminais de ônibus, bloqueio de ruas e avenidas etc.

PASSO 4: Quanto mais gente melhor

Quanto mais gente na luta, mais ela se fortalece. Por isso, o comitê pode apoiar lutas específicas. Por exemplo, uma luta por transporte público travada por moradores de um outro bairro. Ou, ainda, procurar os trabalhadores desempregados para que se organizem contra o desemprego. O desemprego golpeia duro os trabalhadores mais pobres. É importante organizá-los para essa luta.

Dos comitês de luta, pode sair a alternativa dos trabalhadores

A ideia dos comitês é organizar, pela base, ações locais e formas de luta dos trabalhadores contra a reforma da Previdência e preparar a greve geral.

Da organização dos comitês e dos trabalhadores pobres poderá surgir uma alternativa dos trabalhadores para a crise. “Essa discussão sobre comitês populares é uma questão que a gente já vem tratando no movimento, nas experiências das ocupações. Esse debate que a gente faz tem a ver com a questão mais estratégica que é a questão do poder na sociedade. [O poder] não está, simplesmente, na votação a cada dois anos nas eleições em que você vai lá e escolhe quem faz essa roubalheira que está aí”, explica Avanilson do movimento Luta Popular.

Ao longo de sua luta, os trabalhadores podem construir um tipo diferente de poder e governos, totalmente oposto ao Estado capitalista opressor e corrupto. Um poder que poderia ser baseado em conselhos de trabalhadores ou em conselhos populares.

Isso não é nenhuma ideia abstrata. Baseia-se na experiência histórica da luta dos trabalhadores e nas muitas revoluções que eles protagonizaram. Foi o que aconteceu na revolução russa de 1917 com o surgimento dos sovietes (leia páginas 10 e 11). São essas lições da história que os defensores do capitalismo tentam ocultar das novas gerações.