Redação

A partir desse dia 1º de novembro, a Usina de Biodiesel de Quixadá foi paralisada pela direção da Petrobrás. Nela trabalhavam cerca de 120 operários em empresas terceirzadas que serão demitidos e alguns funcionários diretos da Petrobrás que serão transferidos para outras áreas.

A paralisação das operações da Usina de Quixadá é parte do projeto de desinvestimento na Petrobrás iniciado por Dilma e continuado por Temer, que tem por objetivo entregar a maior parte da empresa para a iniciativa privada e concentrar a atividade da Petrobrás na extração e comercialização de petróleo cru, especialmente nas áreas do pré-sal.

O plano de desmonte da empresa no Ceará que já ocasionou a suspensão da construção da refinaria de combustível Premium II, inclui também a venda de vários campos de petróleo em terra e águas rasas, da Usina Termo Elétrica e do Terminal de Gás Natural. As áreas que não foram anunciadas para venda ainda passam por um forte processo de desinvestimento e precarização. O resultado são centenas de demissões e que hoje, segundo a ANP, já estão paralisados cerca de um terço dos poços de petróleo que operavam no estado a 10 anos atrás.

Para Francisco Gonzaga, presidente estadual do PSTU, o fechamento da Petrobrás no estado é um verdadeiro ataque contra a classe trabalhadora cearence. “Quando a crise aperta os governos que estão do lado dos ricos fazem de tudo para atacar os trabalhadores. Eles primeiro roubaram bilhões de reais da empresa, sucatearam as áreas de operação e fecharam poços de petróleo pra depois dizer que não é viavel. Estão fazendo isso agora e logo irão vender a Petrobrás pra empresas estrangeiras que não terão nenhum compromisso com o estado e nem com o trabalhadores que empregarão. É preciso lutar contra a privatização da empresa que é um patrimonio do povo brasileiro”, afirmou Gonzaga.

O Governador Camilo (PT), após o anúncio da paralisação da usina está fazendo uma campanha dizendo que concederá insenções fiscais à Petrobrás para que continue operando com a usina de Quixadá. Mas isso não passa de populismo barato. Camilo sabe que a venda da usina é parte de um projeto nacional de desinvestimento e privatização da Petrobrás e não se dispõe a lutar contra o projeto que se iniciou no governo da ex-presidente Dilma, copartidária do governador do Ceará, e continua agora no governo de Temer. Ao contrário, Camilo vai no mesmo caminho deles e está operando nesse momento a privatização de 10 ativos do estado, entre eles o metrô, o Castelão e o Complexo Industrial Portuário do Pecem.

A única forma de impedir a privatização da Petrobrás no Ceará e no Brasil é através da construção de uma greve geral que se enfrente com os ataques de Temer, entre eles a privatização da empresa, as reformas da Previdência e trabalhistas e a PEC 241. O PSTU se soma ao chamado da CSP-Conlutas pela unidade das centrais sindicais na construção dessa luta e estará jogando todas as suas forças nas mobilizações do dia 25 de novembro como um primeiro passo rumo à construção da greve geral no país.

PSTU-Ceará