PSTU Ceará

Três trabalhadores foram resgatados em uma fazenda de Acaraú, no interior do Ceará, em situação de escravidão, na ultima sexta-feira (25/08).

Os homens trabalhavam na moagem de folhas de carnaúba e na extração do pó para fabricação de cera. O local não possuía instalações sanitárias para as necessidades fisiológicas e para higiene e nem espaço para refeições. Além disso, eles eram obrigados a dormir em frente ao local de trabalho, dentro de um baú de caminhão velho e sujo, dividindo o espaço com uma máquina de moagem e galões de água.

Os empresários que atuavam na Fazenda Lagoa do Cannes foram autuados pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) a pagar rescisão para cada funcionário no valor de R$ 9963,32 e indenização de R$ 15 mil aos trabalhadores por dano moral. A operação do MPT alcançou 39 empregados, todos sem registro.

As “punições” aos empresários que exploram trabalhadores em situação de escravidão são muito brandas. A burguesia brasileira herdou uma mentalidade de senhor de escravo, uma mentalidade autoritária e racista, de que pode sugar até a última gota de suor e sangue dos trabalhadores para aumentar seus ganhos. Não basta aplicar uma multa que, diante do que eles lucram, não passa de um trocado. É necessário punir exemplarmente os empresários que praticam esse tipo de crime, confiscando suas terras e bens e jogando-os na cadeia.

Esse tipo de caso é um reflexo da falência do capitalismo. Essa situação vai piorar ainda mais com os ataques feitos por Temer e seu Congresso de corruptos aos direitos trabalhistas. Não existe possibilidade de um capitalismo humano. É necessário lutar para destruir o capitalismo e construir um verdadeiro governo socialista dos trabalhadores que priorize não o lucro, mas o bem estar de quem trabalha.

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