Ocupação da Assembleia Legislativa do Ceará no dia 27/11

As paralisações iniciaram em 29 de outubro. No dia 27 de novembro, os grevistas ocuparam a Assembleia Legislativa para pressionar o governo a negociar

Os três segmentos, professores, servidores e estudantes, das três universidades estaduais do Ceará (UECE, URCA e UVA) estão paralisados, fato inédito na história das instituições de ensino superior cearense. Para tentar mais uma vez uma negociação com o Governo, o movimento grevista decidiu ocupar, na tarde do dia 27/11, a Assembleia Legislativa do Estado do Ceará.
 
A base real que produziu essa explosão unificada de indignação tem a ver com a política de terra arrasada da oligarquia Ferreira Gomes que, desde os anos 1990, direta e indiretamente, se encontra no comando da máquina governamental. Ciro Gomes foi governador do Ceará entre 1991 e 1994 e Cid Gomes já governa o estado por quase 8 anos. Mas entre o primeiro momento e o atual, nunca deixaram de saborear um lugar privilegiado na estrutura de poder.
 
Nesses termos, essa oligarquia é responsável, em larga escala, pelo quadro de sucateamento das universidades estaduais, pela falta de professores e outros itens essenciais para que essas instituições, de fato, possam produzir ciência e saber.
 
A Greve é contra uma oligarquia que destrói a educação. De que lado você está?
Nesse quadro, é digno de riso saber que partidos que se reclamam de esquerda, como PT e PCdoB, estejam, de algum modo,  entrincheirados no forte do inimigo número 1 dos trabalhadores e da educação pública. É hora, mais do que na hora, desses partidos romperem com esse governo oligárquico ou, definitivamente, afundarem com ele. É preciso que essas agremiações partidárias venham a público trazer o seu apoio à luta da UECE, da URCA e da UVA.
 
Assim, nós que defendemos uma frente de esquerda, constituída por PSTU, PCB e PSOL, como alternativa ao governo Cid Gomes governo do cinismo, aquário, seca, helicóptero, viagens privadas com dinheiro público e da repressão aos movimentos sociais), entendemos que, neste momento, a tarefa imediata é: independente da coloração partidária, o dever de todos e de todas é o de apoiar a greve das estaduais.
 
Essa é a forma de cada um deixar manifesto de que lado está. Se do lado de Cid Gomes, da sua oligarquia familiar e do desmantelamento das universidades públicas do estado ou se do lado daqueles que lutam para salvá-las. Nós, do PSTU, nos solidarizamos e nos somamos ativamente à luta de professores, servidores e estudantes, até a vitória!
 
LEIA TAMBÉM: