Gonzaga participa da campanha de divulgação da Marcha pelas Redes Sociais

O dia 24 de abril se aproxima e, em todo o Brasil, entidades sindicais, populares, sociais e estudantis estão em pleno processo de mobilização para a construção da marcha a Brasília. Neste dia, milhares de jovens e trabalhadores de diversos setores ocuparão as ruas da capital do país para barrar o Acordo Coletivo Especial (ACE) e exigir a anulação da reforma da Previdência aprovada com compra de votos de parlamentares.

No Ceará, o processo de mobilização se fortalece no cotidiano das entidades e oposições que compõem a CSP Conlutas (Central Sindical e Popular). Um exemplo disso foi a grande plenária realizada na manhã do último sábado, 13 de abril, que contou com a participação de representantes da capital e de diversas regiões do estado. A atividade teve o objetivo de preparar política e organizativamente a delegação que já conta com mais de 200 participantes.

Para anular a reforma e barrar o ACE
A aprovação da reforma da Previdência, logo no início do primeiro mandato de Lula, em 2003, surpreendeu a muitos. O fim da aposentadoria integral às trabalhadoras e trabalhadores do setor público e a criação do fundo complementar foram um duro ataque a um direito antes conquistado. No entanto, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu, em julgamento, que tal aprovação se deu com a compra de votos com dinheiro do mensalão.

Agora, durante a presidência de Dilma e com o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o governo petista prepara um novo ataque contra as trabalhadoras e trabalhadores com o pomposo nome de Acordo Coletivo Especial (ACE). Este, por sua vez, propõe que as negociações no interior de cada empresa se sobreponham às leis trabalhistas.

De acordo com Eliana Lacerda, da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, a chegada do PT à presidência do país como um suposto representante dos trabalhadores foi um marco no processo de reorganização. “Nós, trabalhadores, temos sentido na pele a grande quantidade de ataques que esse governo impõe sobre nossas vidas. Por isso, apoiá-lo significa enfraquecer as lutas da nossa classe”, ressaltou.

Durante a exposição do ponto de conjuntura da plenária cearense, Eliana falou ainda da importância do dia 24 de abril no marco das lutas da classe trabalhadora: “Essa marcha acontece num momento muito especial. Nela vamos juntar todos aqueles que não aceitam mais os ataques desse governo, todos aqueles que estão indignados com sua situação de exploração e opressão e vamos construir uma grande unidade da nossa classe”.

A marcha a Brasília será um importante momento para reforçar o espaço de unidade de ação e o poder de mobilização das trabalhadoras e trabalhadores. Para o operário da construção civil e militante do PSTU, Francisco Gonzaga, “é muito importante o que está se construindo para o dia 24, que é uma luta contra um governo e um projeto de ataque à classe trabalhadora”.

Em Fortaleza, militantes do PSTU de diversos setores participam da construção da marcha, como é o caso das operárias e operários da construção civil. A categoria organiza também uma grande passeata para o dia 18 de abril. A ação, que faz parte da campanha salarial, integra também o calendário da Jornada de Lutas e de preparação para a grande marcha que acontecerá em Brasília no dia 24 de abril.