Família de Amarildo

A justiça do Rio de Janeiro, orientada pelo governo Cabral, ao se negar a reconhecer a morte presumida do pedreiro Amarildo, força a família a viver em condições precárias

Com medo da polícia, a mulher de Amarildo e seus seis filhos foram morar na casa de familiares. Lá são 17 pessoas dividindo uma pequena casa no morro da Rocinha. Segundo matéria publicada no UOL  no dia 26 de agosto, Elisabete e os filhos dormem num quartinho minúsculo, e quando chove todos têm de se abrigar na sala para fugir da chuva e dos ratos que passam por cima do cômodo sem forro.
 
A alimentação é garantida pelas doações que chegam de fora, pois a família está passando por extrema dificuldade financeira. Em declaração nesta matéria do UOL, Elisabete comenta: “Quando meu marido era vivo, ele ganhava pouco, mas tinha carteira assinada e se esforçava. Um mês dava um chinelo para um filho, outro mês para o outro e assim ia.” Por conta repercussão do caso, os filhos e sobrinhos não conseguem trabalho, o que agrava mais ainda a situação.
 
CSP-Conlutas lança campanha financeira de solidariedade
Frente a isso, a CSP-Conlutas decidiu fazer uma campanha de solidariedade ativa à família e lançou no último dia 25, no Fórum Sindical  organiza a paralisação nacional do dia 30 de agosto, uma campanha de solidariedade. No mesmo dia já conseguiu apoio financeiro dos sindicatos e movimentos presentes. 
 
O principal objetivo desta campanha é apresentar a questão para todos os sindicatos, movimentos sociais e obter o máximo de apoio à família. As pessoas e entidades interessadas devem entrar em contato com a CSP-Conlutas do Rio de Janeiro pelo telefone (21) 2509-1856 (falar com Myrian ou Júlio Condaque) ou através do seguinte e-mail: [email protected].
 
Vamos seguir exigindo a reparação financeira por parte do estado
Porém, essa campanha não isenta a responsabilidade do estado do Rio de Janeiro e do governo Cabral. Vamos seguir na ruas e nas redes sociais exigindo explicações sobre o desaparecimento do Amarildo e a reparação da família pelos danos causados. 
 
Portanto, essa campanha é ao mesmo tempo de solidariedade à família do Amarildo e de cobrança ao governador Cabral e ao secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, por este bárbaro crime cometido pela Polícia Militar do Rio de Janeiro.
 
Veja a entrevista que a TV PSTU fez com a família do Amarildo: