Redação

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Sob o governo Bolsonaro e a sua política genocida, de fome e desemprego, a vida vai ficando cada vez mais insuportável. Após 600 mil mortes notificadas por COVID-19 (o número real é bem acima disso), causadas em sua maioria por falta de vacinas e os esquemas de corrupção, Bolsonaro vai deixando um verdadeiro cenário de terra arrasada, com a volta da fome, o extermínio dos empregos e o avanço da precarização.

A inflação dos alimentos dobrou só em agosto. Grande parte das famílias não sabe mais o que é comer carne, como mostra a última pesquisa Datafolha. Mas não é só comprar comida que está difícil. Até mesmo para cozinhar está caro, já que o preço do botijão de gás encosta nos R$ 100 (em alguns lugares até já passou). A fome, por sua vez, atinge 19 milhões. E metade da população convive com algum tipo de restrição alimentar, num país que mais produz alimentos no mundo.

O desemprego é recorde, e a precarização condena toda uma geração de jovens trabalhadores ao trabalho precário, sem direito e superexplorado. Até mesmo o bico de Uber vai ficando impraticável, com o aumento da gasolina e a política dessas empresas que sugam até a última gota de sangue do trabalhador. Enquanto isso, os banqueiros têm lucros recordes, os bilionários continuam lucrando e o latifúndio ri à toa.

E, como se não bastasse, ainda ameaça com golpe, caso não ganhe as eleições. No 7 de Setembro ele fez uma grande manifestação golpista, em que saiu mais acuado. Agora, acabou de ir à ONU passar vexame e espalhar mais mentiras. Mas erra quem pensa que ele vai parar. Não vai. Ele quer ter apoiadores armados e mobilizados, e que a maioria que está contra fique quietinha. É preciso ir às ruas e lutar pelo fora Bolsonaro, já!

Menos comida na mesa

– 85% reduziram consumo de alimentos

– 67% cortaram carne

– 46% pararam de tomar leite

– 41% não comem mais pão francês

Fonte Datafolha

Fortalecer a independência da classe trabalhadora e do povo pobre e oprimido

A burguesia e o grosso de seus partidos querem uma “terceira via” para 2022, mas tampouco apostam num impeachment que possa sair do controle. Já a oposição, como o PT, PCdoB, a maioria do PSOL, prioriza as eleições e não se joga para derrubar Bolsonaro já.

É urgente retomar as mobilizações, colocar nas ruas milhões de pessoas e expressar o tamanho do ódio e da indignação que crescem, a cada dia, contra este governo. Para fazer isso, é fundamental juntar todo mundo que esteja disposto a lutar parar tirar Bolsonaro já. Não cabe qualquer tipo de veto.

Ao mesmo tempo, é preciso organizar a classe trabalhadora e o povo pobre. Primeiro, para derrubar Bolsonaro já, o que não é garantido que esses setores da burguesia ou da esquerda parlamentar topem levar até o fim. É preciso que os trabalhadores entrem em cena, com seus métodos de luta, preparando uma Greve Geral que pare a produção e golpeie para valer este governo. E segundo, para que, além de tirar Bolsonaro, lutemos por nossas próprias pautas: por emprego, terra, renda, contra a carestia, em defesa dos serviços públicos e o meio ambiente, e em defesa dos negros, mulheres e indígenas.

Neste contexto, é preciso avançar na organização de nossa autodefesa, tanto em relação aos grupos cada vez mais organizados da ultradireita, quanto à repressão do Estado. E fazer um chamado aos praças e soldados a que não embarquem no discurso do governo, recusem-se a reprimir e venham para o nosso lado.

E, sobretudo, para que, na luta, preparemos uma alternativa de governo nosso, da classe trabalhadora, a fim de resolver não só a crise que nos esmaga, mas os problemas históricos que sofremos.

Manifesto e plenária dia 7 de outubro

Venha construir o Polo Socialista e Revolucionário

Movimento tem o objetivo de fortalecer, nas lutas e nas eleições, uma alternativa de classe e socialista à barbárie capitalista

O Fora Bolsonaro é urgente, para ontem. Mas a direção do PT, e a maior parte do PSOL, não apostam na luta para tirá-lo de lá. Querem desgastá-lo até 2022 para eleger Lula, em aliança com empresários, latifundiários e banqueiros. Mais do que isso, com um programa de conciliação de classes, nos limites desse sistema, e que não vai resolver a fundo nossos problemas, já que não ataca a propriedade e os lucros dos bilionários. Enquanto isso, Bolsonaro vai ficando livre para passar a boiada e preparar um golpe caso perca as eleições.

A burguesia, por sua vez, quer trocar Bolsonaro para colocar um terceiro nome que seja mais confiável e que continue tocando a mesma política econômica que Paulo Guedes está impondo, com precarização, retirada de direitos e desemprego.

Diversas lideranças, ativistas e militantes de movimentos sociais, da cidade e do campo, estão se unindo para defender a construção de um polo socialista e revolucionário para o país, como alternativa para as lutas e as eleições.

Parte desse movimento é o lançamento do manifesto “Por um Polo Socialista e Revolucionário”, que ressalta: “Para acabar com o controle que essa classe dominante tem sobre o país, é necessário fazer uma revolução dos ‘de baixo’ para derrubar os ‘de cima’; uma revolução socialista para jogar por terra as instituições deste Estado que aí está e mantém o povo subjugado pelos bancos e pelos grandes empresários. É preciso fazer isso para que a classe trabalhadora e o povo pobre possam assumir o controle do poder político e governar o país: um governo socialista, da classe trabalhadora e do povo pobre”.

Um chamado aos ativistas

Já estão ocorrendo debates e reuniões pelo país para discutir a proposta, em um processo vivo de construção com os grupos e ativistas que se disponham a lutar por uma saída socialista para o Brasil e acabar com 500 anos de exploração. Como ainda diz o manifesto:

“Dirigimos esse chamado a todo o ativismo das lutas dos trabalhadores e da juventude, aos que estão nas ruas lutando para colocar pra fora Bolsonaro e Mourão; que estão na luta por condições dignas de vida e trabalho, contra o racismo, o machismo, a xenofobia e a LGBTIfobia; em defesa dos povos indígenas, dos quilombolas e do meio ambiente. É um chamado aos movimentos e às organizações, inclusive os que não têm caráter partidário, que lutam pela transformação da sociedade injusta e desigual na qual vivemos. É um chamado também aos ativistas que militam nas organizações sindicais, nos movimentos sociais e nos partidos políticos, mas não concordam com o limite da institucionalidade burguesa que seus dirigentes impõem a estas organizações.”

Faça parte

Informe-se com quem lhe entregou este boletim sobre como fazer parte deste movimento, discutir o manifesto e participar da plenária no dia 7 de outubro