Aline Costa, de Salvador (BA)

 

 

PSTU esteve em peso nas várias atividades do dia, em unidade na luta, denunciando o governo Temer e os governos petistas que começaram os ataques

Em Porto Alegre (RS), no fim da tarde, uma multidão foi para a rua balançar suas bandeiras e gritar contra os ataques brutais dos governos e pela necessidade de uma greve geral no país. Cerca de 15 mil pessoas estiveram em marcha na capital gaúcha. Isso sem contar as mobilizações ocorridas em outros municípios do estado. Reunimos homens, mulheres, LGBTs, negros e negras, de mãos dadas na luta com a juventude, movimentos Sociais, centrais sindicais e organizações partidárias.

O PSTU esteve presente nas várias atividades do dia e com muito peso na Esquina Democrática, no centro de Porto Alegre, de onde saiu o ato unificado. Nossas bandeiras vermelhas tremularam, e nossas palavras de ordem expressaram a coerência de sempre. Em meio à unidade na luta, em nenhum momento deixamos de denunciar que todos os ataques à nossa classe não iniciaram no governo Temer, nem vão ter fim numa possível reeleição de Lula em 2018.

O discurso do PT é de que a reforma da Previdência surgiu após o suposto golpe. É uma tentativa de fazer o povo esquecer que tanto Lula, quanto Dilma deram um duro golpe na Previdência dos funcionários públicos e atacaram o seguro-desemprego, o PIS e a pensão por morte. Pouco antes de perder uma maioria da sua base social e cair – com o empurrão da direita – no buraco que o próprio PT cavou, Dilma anunciou medidas duríssimas de ajuste fiscal, entre as quais já constava a reforma da Previdência.

Dissemos não à reforma, numa afirmação uníssona durante toda a caminhada. Gritamos, como há tempos, pela necessidade de uma greve geral para derrotar Temer e a corja de corruptos que o cerca, ação que também se desenha, agora, para diversas correntes de esquerda e sindicatos como a única alternativa dos trabalhadores e trabalhadoras neste momento.

Continuamos a desvendar os olhos da classe e a tentar lhes dar a consciência de que os 14 anos de PT no governo lhes roubou, dizendo ser um governo para todos. Continuamos firmes na luta, como temos plena certeza de que a classe trabalhadora também continua. Bradamos juntos “Fora Temer” e não deixamos de lembrar que todo aquele congresso corrupto também precisa cair. Fora todos os que exploram, oprimem e tentam jogar a culpa da crise nas costas da classe trabalhadora!

Greve geral: necessária e possível
As mobilizações do dia 15 de março (#15M) foram uma demonstração de força muito importante da classe trabalhadora contra o desmonte da Previdência e dos direitos sociais. Depois de um dia inteiro de trancaços, paralisações e diversas atividades de várias categorias em todo o país, mostramos que a resistência e a luta dos de baixo pode vencer os de cima.

A alternativa agora é uma só: construir pela base – por meio de comitês nos locais de trabalho, bairros, escolas e universidades – uma greve geral no país. Para isso, é preciso, mais do que nunca, a unidade de toda a classe trabalhadora, da juventude estudantil, dos movimentos sociais que reúnem as comunidades moradoras nas periferias, bem como das correntes políticas de esquerda, centrais sindicais e sindicatos dos trabalhadores. É necessário unificar, de fato, uma luta que derrube Temer e a corja de corruptos que cada vez mais querem retirar nossos direitos. F

Fora Temer! Fora todos eles! Greve geral já!